A revolta do Capitão

Fiquei de certa forma surpreendido quando ouvi os comentários de um amigo meu acerca do Cristiano Ronaldo.

Dizia ele:- “Ontem o Cristiano Ronaldo discutiu com o fiscal de linha, levou com uma cartão amarelo e então abandonou o campo atirando com a braçadeira de capitão ao solo.”

Tudo isto tinha acontecido no Sábado dia 27, em Belgrado, num jogo de qualificação para o Mundial de Futebol entre a Sérvia e Portugal.

Fiquei curioso  e tratei de ver as imagens do ocorrido.

Mais tarde li, nas redes sociais, as palavras do próprio Cristiano Ronaldo sobre o 

episódio.

Até podemos concordar com alguns comentadores que reprovaram o facto do capitão da nossa selecção  ter atirado para o chão a braçadeira de capitão, com o símbolo de Portugal.

No cumprimento da sua profissão e na defesa do nome de Portugal, Ronaldo remata e faz golo que todos viram menos os auxiliares e o árbitro (autoridade única dentro do campo).

Estava o jogo a poucos segundos do final, esse golo dava 3 pontos e a liderança do grupo a Portugal.

Ronaldo “rasgou as vestes” , sentiu a injustiça e reagiu. O gesto é reprovável, mas como dizia um ex-Presidente da República : “temos direito à indignação”.

Eu compreendo a atitude de Ronaldo como uma forma de patriotismo.

Muitas pessoas à volta do mundo só sabem da existência de Portugal por causa dos nossos embaixadores futebolistas como: Eusébio, Figo e Ronaldo (para referir só os que venceram a Bola de Ouro).

No final do jogo, o sr.árbitro falou com o selecionador Fernando Santos e confessou que estava envergonhado.

Ronaldo não tem nada porque se envergonhar e por ter mostrado o seu carácter Lusitano. Força Capitão.

Carlos Lima