“Pedimos desculpas aos internados e aos seus descendentes”

article by Francesco Veronesi, translation and video by Luis Aparicio

Justin Trudeau apresentou ontem à Câmara dos Comuns um pedido oficial de desculpas pelo tratamento sofrido pela comunidade italo-canadiana na década de 1940.

O mea culpa recitado pelo primeiro-ministro pelas decisões do governo da época, liderado por William Lyon Mackenzie King, não se limitou, como era de esperar, à narração do sofrimento e das injustiças sofridas por mais de 600 homens e mulheres de origem italiana internados nos campos de concentração espalhados por todo o país, mas tocou todas as cadeias de trabalho e tribulações sofridas por todos os italo-canadianos desde junho de 1940.

Toda uma comunidade, já profundamente integrada no tecido social e produtivo do Canadá, ridicularizada e vítima da violência, da intolerância, do racismo desprezível, com uma única culpa, a de origem italiana. Mais de 31 mil italo-canadianos rotulados como inimigos estrangeiros (“forasteiros inimigos”), famílias forçadas à fome, miséria e pobreza, cidadãos privados de direitos fundamentais.

A vergonha e a ignomínia do internamento de centenas de pessoas representaram apenas a ponta do iceberg de um clima de ódio e desconfiança, que infelizmente não terminou com o fim da Segunda Guerra Mundial.

“Às dezenas de milhares de italo-canadianos inocentes – disse Trudeau, durante o seu discurso histórico ontem na Câmara – que foram rotulados como inimigos estrangeiros, os homens e mulheres que foram feitos prisioneiros em campos de guerra ou prisões sem qualquer acusação, pessoas que já não estão entre nós para escutar este pedido de desculpas formal, aos filhos e netos que carregaram o peso da vergonha e da dor da geração passada e da sua comunidade, uma comunidade que deu tanto ao nosso país – quero dizer que lamentamos muito (pedimos desculpa)”.

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